sábado, 23 de abril de 2011

4ª Edição da Sexta-Feira Santa

Não posso começar sem antes fazer um pequeno enquadramento histórico deste nosso tradicional passeio.
Tudo começou em 2008. Seis meninos resolveram passar o feriado da 6ª feira Santa a pedalar ali  para os lados do Sicó. A filosofia seria e é, fazermos alguns quilómetros, pensarmos num bom sitio para almoçar (ainda me lembro dos ossos), descoberta de novos trilhos, divertirmo-nos e convivermos. Tudo isto descrito atrás e muito mais tem sido "consumido" em doses elevadíssimas.
Quem foram os pioneiros? O Filipe, o Nuno, o Mateus, o Trigo, o Zé Carlos e o Daniel. 
Em 2009 a saga repetiu-se, desta vez em Arganil. Curiosamente o ano com menor participação e com menor quilometragem percorrida, foi compensada com a altimetria. Para recordar ficaram as sandes de queijo e algumas subidas dolorosas.
2010, um ano com uma bela participação. Oito amigos a fazerem a ligação Zouparria » Buçaco » Zouparria. Para recordar entre outras coisas, as sandes de leitão na Mealhada acompanhadas por um vinho frisante que fez efeito em alguns. Para recordar igualmente, a visita ao amigo Nini em Anadia.
Aqui ficam os links para conferirem as três edições anteriores.


Eis que chega 2011, objectivo para este ano: fazermos a ligação Zouparria » Figueira da Foz » Zouparria.
À hora marcada, 8h30 lá saímos da Zouparria em direcção a S. Marcos logo por trilhos para darmos inicio ao nosso dia de BTT. 
Depois de deixarmos S. Marcos para trás, passámos pelos Casais de Vera Cruz e seguimos em direcção aos Fornos onde começámos a percorrer os primeiros single tracks da manhã. Seguiu-se o Zambujal e mais alguns belos single tracks que existem ali na zona e ao chegarmos às imediações de Arazede a contrariedade do dia. Um pau no desviador da bicicleta do João e dropout partido. Solução cortar corrente, singlespeed e seguir para casa.
Ao chegarmos a Arazede parámos na pastelaria para comermos.
Novamente nos trilhos seguimos em direcção ao Bebedouro e não é que aparece a chuva.
Tínhamos algum receio, depois de uma semana de chuva esperávamos que o S. Pedro não nos abençoasse a 6ª feira Santa de 2011. Mas não foi bem assim!
Ela apareceu e nunca mais nos largou. Vestimos o impermeável, quem tinha (ai Mateus!) e continuámos caminho em direcção aos Resgatados, seguindo-se a Canosa, a zona dos Netos, Lafrana, Camarção e era momento de inventar. E que tal ir por aqui. Não se podia ter revelado mais acertada a escolha. Uns belos quilómetros até ao centro de Quiaios. Foi mais caminhada do que pedal. Areia e mais areia e a chuva que não parava.
A passagem por Quiaios era sinónimo de serra da Boa Viagem. Atravessámos Quiaios e começámos a subir a serra. 
Fizemos uma meia dúzia de quilómetros e aqui estava um dos momentos do dia, a belíssima queda de água que temos na serra e que alguns de nós conheciam seca, outros não conheciam sequer e a grande maioria nunca a tinha visto com este esplendor. 
Foi um momento fantástico.
Mas havia que continuar caminho e continuar a subir a serra. A chuva não parava.
Alguns dos trilhos que percorremos tinham muita pedra e a única solução era caminhar. Até ao topo da serra foi um misto de pedalar e caminhar. 
Como tudo o que sobe também desce, era o momento de iniciar a descida vertiginosa para Buarcos e fazermos a paragem em casa do Filipe para o almoço.
Uns frangos de churrasco, umas tiras de entrecosto, vinho para alguns (este vinho é mesmo bom, dizia o Paulo), minis e lareira acesa para secar a roupa foram os condimentos perfeitos para um super e demorado almoço. E a chuva sempre a cair.
Tudo isto resultou numa saída tardia da Figueira da Foz. Saímos depois das quatro da tarde, mas com muita vontade de pedalar.
Atravessámos a cidade e subimos para a zona da Salmanha e entrámos novamente nos trilhos. Percorremos as pedreiras junto à A14 e que belos trilhos ali existem. Single tracks maravilhosos com pedra qb. 
Após as pedreiras continuámos a percorre trilhos nas imediações da A14, alguns deles um pouco manhosos mas conseguimos sempre passar. A passagem junto à A17 é que foi um pouco mais difícil mas nada que nos tenha feito "uivar".
Seguia-se a serra de S. Bento que tivemos que subir e chegava a altura de tomar decisões. O S. Pedro continuava com as torneiras bem abertas, já havia aqui e ali o belo do empeno bem engatado, a hora já ia um pouco adiantada. Solução: regressar à Zouparria via alcatrão. E assim o fizemos paulatinamente na companhia da nossa melhor amiga do dia. A CHUVA pá!
Fechámos o dia a beber umas minis na associação. E a chuva? Nunca parou de cair do céu, pá!!
Quem foram os resistentes: o Paulo, o Carlos, o Vrunno, o Mateus, o Filipe, o Trigo, o Nuno e o João.
Foi assim a nossa 6ª feira santa de 2011, que nos deixa belas recordações e que nos deixa com expectativas elevadas para a de 2012. 
Onde será em 2012?

Boas pedaladas e até breve.

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