segunda-feira, 26 de abril de 2010

PUF - Rotas do Ouro

PUF Rotas do Ouro, Vila Pouca de Aguiar. Foi onde estivemos no 25 de Abril. O dia da Liberdade. O Dia da revolução dos Cravos.

Mas não fomos para Vila Pouca de Aguiar para comemorar o 25 de Abril, fomos dar ao pedal. Fomos conhecer a região. Fomos conhecer as gentes da zona. Fomo-nos deleitar com a gastronomia da região. Fomos beber uns tintos. Em suma, fomo-nos divertir.
Dada a distância a que estamos de Vila Pouca de Aguiar, e como a nossa deslocação teria de ser feita no sábado tivemos a companhia das nossas mulheres, namoradas, filhos, cães e periquitos no fim-de-semana.
Alguns de nós rumaram logo no Sábado de manhã em direcção a Vila Pouca de Aguiar, não sem antes fazerem uma paragem estratégica na Régua para uma almoçarada na "Xanoca".
Os restantes seguiram ao fim do dia de sábado para Vila Pouca de Aguiar.
Ao fim da noite lá estava a trupe toda reunida e muito animada, com uma sessão de saltos em comprimento à porta da Albergaria.
Após uma noite de descanso da cansativa sessão de saltos em comprimento, o dia da Liberdade começou logo bem cedo, por volta das 7h. Pequeno-almoço, indecisão se seguiríamos para o local de partida do PUF de bike ou de carro. Distava a 12 quilómetros aproximadamente, 6 deles a subir. Após as ameaças de uns, um aquecimento com um jogo de badminton de outros, o Paulo e o Zé seguiram para Campo de Jales (local de concentração) de bike, e o resto da malta foi de carro. Uns mandriões!
E quem foram os mandriões? Perguntam vocês. O Filipe, o Ripa, o Valdemar, o Trigo, e o Nuno. Os homens de barba rija já sabem quem são, no entanto cá vai novamente: o Paulo e o Zé Carlos.

Infelizmente faltou o Manuel. Resolveu aparar as unhas com uma rebarbadora mas a coisa correu mal. Nada de muito grave, as melhoras!
Falta mencionar as mulheres, namoradas e filhos que nos acompanharam no fim-de-semana. Uma ganda trupe!
Vamos ao que nos levou até Campo de Jales. O passeio.

O passeio, foi exemplarmente organizado pelos irmãos Favaios. Tinha uma particularidade muito interessante, era guiado, não havia fitas para seguir. Um passeio à moda antiga. Como se fazia antigamente. E tinha uma extensão de 50 quilómetros.
Os primeiros quilómetros do passeio foram verdadeiramente fantásticos. O terreno que os nossos pneus pisaram caracterizou-se pela muita laje de granito, alguns single tracks, calçada romana, o saltitar de seixo em seixo para atravessar ribeiros, sempre ladeados por uma paisagem deslumbrante.
Após esta parte inicial que nos deixou completamente deslumbrados, fizemos uma ou outra passagem por aldeias circundantes, uma descida alucinante num estradão que parecia estar coberto de manteiga (escorregava um bocadito) e umas passagens por zonas de bosque. De realçar a amabilidade das gentes que fomos encontrado pelo caminho, sempre muito simpáticas e bem dispostas com a malta das bicicletas que ia invadindo pacificamente as suas terras.
Com o passar dos quilómetros e das horas, a fome começou a apertar. Os irmãos Favaios escolherem um belíssimo local para o reforço. Umas minas abandonadas, um local bem bonito e que proporcionou umas fotos de belo efeito. A chegada a este local era bem interessante. Em single track pois está claro!
Após o repasto era hora de ajustar "estratégias". A esta altura os nossos conta-quilómetros marcavam 25 quilómetros. Alguma da malta já acusava o terreno acidentado e técnico até então, era hora de decisão para alguns dos participantes. Um breve briefing dos organizadores prevenindo as dificuldades que se avizinhavam nos próximos 10 quilómetros ditou a divisão dos 200 participantes do passeio. A malta que não estava tão fresca atalhou um pouco e fugia aos 10 fastidiosos quilómetros classificados pela organização.
A malta para não fugir à regra foi pela parte mais dura. E não foi nada do outro mundo. Perguntem ao Paulo se ele utilizou a prato de 22 dentes. Ou perguntem ao Filipe se ele não passou com a "mota" em todo lado. Ou perguntem ao camarada que por lá andava de single speed. E ao Zé que até voltava para trás nas subidas. Tinha umas "subidecas"! No entanto, para a malta menos preparada não era fácil.
Estes 10 quilómetros passaram rapidamente. O terreno mudou um pouco, encontrámos algumas zonas de bosque com cedros, estradões e um ou outro single track. Esta parte do percurso trouxe-nos reminiscências da Lousã. Este tipo de paisagem manteve-se nos quilómetros seguintes. Já próximo do final do passeio voltámos a encontrar terreno igual à parte inicial, onde o granito era factor dominante.

Para finalizar a manhã e depois do banho os irmãos Favaios reservaram uma surpresa para todos os participantes e acompanhantes. Uma belíssima almoçarada e convivo entre todos.

Parabéns pela fantástica organização. De frisar que tudo isto teve uma inscrição de: € 0,00. Leram bem foi um passeio completamente gratuito. As gentes de Campo de Jales estão de parabéns pela forma como receberam todos os participantes, pelo belo dia que nos proporcionaram e pelo forma extremamente sábia como promoveram a sua terra.

PARABÉNS a todos.

Após todas estas emoções vividas era hora de rumar a Coimbra. Ainda fizemos uma paragem em Lamego para visitar o Santuário da Nossa Senhora dos Remédios onde descemos e subimos a sua longa escadaria.
Terminámos o dia em Viseu com uma bela jantarada.

Para quando mais? Aqui fica a pergunta.

Boas pedaladas.

domingo, 18 de abril de 2010

Mato, single tracks e... chuva

Impelidos por uma força avassaladora, por uma vontade desmesurada, por uma determinação enorme, hoje proporcionámos a nós próprios uma manhã de mato, single tracks, na companhia de uma chuvita.
Marcámos ponto de encontro na ponte dos Casais. Apareceram: o Filipe, o Zé Carlos, o Nuno, e o Vruunno que ficou na sorna e atrasou-se uns minutos. Ficou a mudar a fralda à sua filhota. O homem já é pai! Parabéns pá!
Para não variarmos fomos pedalar para a zona de Cantanhede. Contudo hoje tínhamos um motivo forte. No próximo mês vamos os ter a visita de uns amigos do pedal de Almada e fomos a descoberta de novos caminhos.
A coisa até começou a correr bem. Na zona de Portunhos abrimos um single track junto à variante. Este single track tem de tudo. Começa com a presença da bela pedra de Ançã, de seguida passagem entre uns carvalheiros e termina num pequeno patamar para elevar os níveis de adrenalina.
Continuámos caminho percorrendo um outro single track já nosso conhecido e aproveitámos para desviar uns eucaliptos que estavam no caminho. A partir daqui era hora de procurar novos trilhos, hora galgar mato. E o quão sadio que estava, as nossas pernas é que sofreram.
Percorremos mais alguns caminhos até à zona da Cordinhã, onde aproveitámos para fazer uma paragem para comer uma "sandes mística".
Como a hora já ia um pouco adianta encetámos o regresso a casa na companhia de uma chuva torrencial. Citando o Vrunno, "molhados até à cueca!"
Para recordar fica uma manhã a galgar mato e a riscar o cromado. Uma manhã à maneira de BTT.

Para a semana há mais, mas no norte do país. Estaremos no PUF Rotas do Ouro em Vila Pouca de Aguiar. Estejam atentos porque vamos ter filmagens desse dia de BTT que se avizinha.

Boas pedaladas.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

24 Horas de Coruche

No passado fim-de-semana tivemos representação do BTT Aventura e Desporto nas 24 horas de Coruche.
Dois bravos que andaram por lá às voltas. O Mateus e o Filipe. Resolveram desafiar as suas capacidades e competiram a solo.
Para a história ficam os 200 quilómetro que cada um percorreu aproximadamente num circuito que se caracterizava pela dureza do seu traçado. Já caía em esquecimento, e a longa sorna também fica para a posteridade.
Aqui ficam umas fotos dos homens em acção.

Boas pedaladas.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pedalar e a... visita Pascal

Sendo dia de visita pascal para as bandas da Zouparria, impunha-se uma volta que terminasse cedo.
Marcámos encontro na ponte dos Casais. Da margem direita apareceram: o Vruunno, o Manuel, e o Nuno. Da margem esquerda: o Zé Carlos e o Paulo.
Após uma habitual indecisão do caminho a seguir, aproveitámos e fomos pedalar por uns single tracks que conhecemos entre a zona de Rios Frios e Trouxemil. Ou será que fomos caminhar?
A resposta correcta é caminhar. Alguns destes single tracks, ou são intransponíveis, ou então estão muito mal tratados com a passagem das motas. Contudo, estes contratempos não nos retiraram a boa disposição e ainda tivemos tempo para refrescar os pés com a passagem pelo ribeiro próximo de Rios Frios.
Terminámos a nossa manhã com uma passagem pelo Choupal, mas somente para alguns. O Vrunno veio a fazer acrobacias pelo regadio. É um artista, enquanto a coisa vai correndo bem! Na nossa passagem pelo Choupal encontrámos a Guida que nos acompanhou no regresso à ponte dos Casais.
Era hora de despedida, e preparação para uma tarde desportiva/cultural.... ou seja, visita Pascal.

Boas pedaladas, até Domingo.

sábado, 3 de abril de 2010

Super Sexta-Feira Santa

Mantendo a tradição dos últimos anos, sexta-feira santa é dia de super pedalada.

Este ano o objectivo era efectuarmos uma ligação em BTT nos seguintes moldes: Zouparria » Buçaco » Zouparria. A idealização deste percurso teve a inestimável colaboração do nosso amigo Nini de Anadia. Cumprindo o programa das festas as nossas pernas acumulavam mais de 100 quilómetros de BTT.
Estando o objectivo devidamente delineado era hora que efectuar o chamamento das tropas e deixá-las de sobre aviso para o que as reservava. Com poucas confirmações de presença até ao fim do dia anterior, pensávamos que iríamos ter um pequeno quarteto para tentar cumprir o objectivo programado. Não podíamos estar mais enganados. Tivemos uma agradável surpresa.
À hora marcada juntou-se um grupo de oito amigos para um belíssimo dia de BTT e para ultrapassar este objectivo. E quem forma eles? Perguntam vocês. O Mateus, o Filipe, os manos Trigo(João e Ricardo), o Paulo, o Vruunno, o Nuno, e o Ricardo(Canalha).
Antes das 9h estávamos a sair da Zouparria em direcção a S.Marcos para darmos início ao nosso dia de BTT.
Nos primeiros quilómetros passámos por locais como: Vale das Rosas, Andorinha, e descemos para Portunhos. De Portunhos seguimos caminho caminho até à Pena onde percorremos uns single tracks até à zona da Povoa da Lomba. Na Povoa da Lomba efectuámos um pequeno desvio até Cantanhede para o Filipe "calçar" a sua Massai. O travão da frente ficou sem pastilhas e era necessário encontrar uma loja para comprar umas pastilhas para os v-brake. Não poderíamos ter mais sorte. Uma das lojas que conhecemos em Cantanhede estava aberta e o problema foi rapidamente solucionado.
Até esta fase da manhã tínhamos percorrido caminhos conhecidos de alguns de nós, contudo as regras de jogo iam mudar. A partir desta fase íamos percorrer novos caminhos para todos. O caminho inicial teve uma passagem na zona das vinhas da Bairrada. Ourentã, Lapa, Povoa do Bispo até Vilarinho do Bairro. Pelo caminho fomos sempre encontrando muita lama, no entanto nunca nos esmoreceu e a boa disposição foi sempre reinando. O Vruunno e o Paulo foram alguns dos mais animados com as suas passagens diabólicas pelas piscinas fomos encontrando pelo caminho.Até Vilarinho do Bairro o caminho foi realizado sem grandes dificuldades. Após a nossa passagem por Vilarinho do Bairro seguimos em direcção à Horta.
Com o adiantar da hora, já passava das 12h, a malta com fome, e as sandes de leitão a chamarem por nós, resolvemos alterar um pouco o programa.
Como queríamos ir almoçar a um restaurante na Mealhada já nosso conhecido e no qual fomos muito bem recebidos, quisemos lá voltar. E voltámos! Mas não sem antes inventarmos com o nosso amigo GPS. Demos-lhe ordem de seguir por caminhos de terra até à Mealhada e a coisa acabou por não correr muito mal. Lima aresta daqui, lima aresta dali e lá nos levou ao cruzamento do IC2 para o Aguim. Daqui à Mealhada era um pequeno pulo e finalmente repasto. Já recompostos com umas sandes de leitão, uma cervejas pretas, duas garrafas de frisante gelado, e mais uma vez muito bem recebidos(não me lembro do nome do restaurante) era hora de voltar ao selim. Próxima paragem, Anadia casa do nosso amigo Nini.
Da Mealhada para Anadia, seguimos via o Caminho de Santiago Português até Anadia. Já em casa do Nini, voltámos a dar ao dente e molhámos o bico. Um folar da Páscoa acompanhado com espumante, para nos dar energia até ao Luso.
O percurso desde Anadia ao Luso foi via alcatrão, uma vez que o caminho delineado estava impraticável.
No Luso, uma breve paragem para bebericarmos na fonte, e seguimos para o Buçaco, logo ali ao lado, onde entrámos no trajecto de regresso à Zouparria.
Esta parte do percurso foi fantástica. Foi um constante sobe e desce, single tracks, e zonas de pinhal bem bonitas.
O percurso de regresso iniciava foi um pouco à frente da entrada principal do Buçaco. Descemos a todo o gás até ao Pego, passámos por Santa Cristina, Povoa do Loureiro e na Pampilhosa do Botão deleitámo-nos com uns single tracks fabulosos até bem próximo da Marmeleira, sempre em sobe e desce.
Da Marmeleira, continua o sobe e desce até Santa Luzia, passagem por Grada, e Vil de Matos onde percorremos mais uns single tracks e seguimos via ribeiro abaixo até apanharmos caminho em direcção a Portunhos.Até à zona de Portunhos o caminho foi feito sem grandes dificuldades e em zonas de pinhal.
As horas foram passando, o conta-quilómetros somando e o nosso objectivo estava muito próximo de ser cumprido.
Com a chegada à zona de Portunhos e devido ao adiantar da hora, resolvemos fazer o regresso à Zouparria via alcatrão. Passámos por Ançã, onde fizemos uma rápida paragem para comprar uns bolos e uns cornos de Ançã(passo a redundância) e seguimos caminho via Cioga do Campo, e... foguetes, jubilo, alegria... À entrada de S. Silvestre o objectivo era cumprido. O conta-quilómetros marcava os três dígitos. Os 100 quilómetros estavam feitos. Próxima e última paragem Associação da Zouparria para bebermos umas minis e comermos um cachorro quente.
Agora é o momento de recordar o belo dia que tivemos. Momento, de transmitirmos as experiências que vivemos, de recordar as palhaçadas deste ou daquele amigo naquele sitio "assim ou assado". Momento, de recordar aquele single track na encosta "xpto". Enfim, momento de pura nostalgia.

Em 2011 temos mais uma Super Sexta-Feira Santa!

Boas pedaladas, vemo-nos nos trilhos.