segunda-feira, 16 de abril de 2012

Será esta a magia do BTT?

A manhã começou com muita indecisão. 
Saímos da ponte dos Casais em direcção à Ribeira de Frades sem nenhuma certeza do caminho a seguir. Virámos para o Moinho do Calhau, e nova indecisão. Para aqui! Para ali! 
Por fim lá nos decidimos subir em direcção ao Espírito Santo da Touregas por terra.
Iríamos percorrer trilhos nossos conhecidos até ao IParque de Coimbra. Escrevi muito bem "iríamos"! Mas no fim da primeira subida,  ou melhor da primeira parede, resolvemos dar largas à imaginação e começámos a percorrer alguns trilhos novos. Até ao IParque fomos presenteados com um belo rompe pernas. No IParque fizemos um pequeno rescaldo aos quilómetros que tínhamos acabado de percorrer. Resultado do rescaldo: belíssimos momentos de BTT, com uns single tracks à mistura. Mas ainda há mais.
Do IParque descemos para os Carvalhais, e voltámos a dar largas à imaginação na descoberta de um novo single track. Contudo o resultado não foi muito bom. Terminámos num quintal. Voltámos atrás e como estava a chegar a hora da bucha fomos à pastelaria de Antanhol comer a nossa tradicional sandes mista.
Depois da bucha, voltámos um pouco atrás, e mais uma tentativa gorada na procura do trilho certo.  Afinas as agulhas e subimos à capela do Senhor da Serra em Assafarge. Lá em cima, tirámos uma foto de grupo, demos uma volta ao "bilhar grande" e ouve-se:
..."Vamos descer por aqui! Deve ir dar a algum lado!"..
E se deu! Um belíssimo single track monte abaixo, ladeado por uns muros de pedra. E pelo meio umas secções em pedra para apurarmos a técnica. 
Maravilhoso! 
Os nossos sorrisos de criança, comprovavam os curtos minutos de magia que vivemos a percorrer aquele trilho.
Nos minutos seguintes não falámos noutra coisa.
Continuámos caminho, e continuámos a dar largas à imaginação. Passo a redundância. Começámos a subir por um trilho fechado e quando demos por nós, estávamos novamente a caminhar em direcção ao Senhor da Serra. 
Ao chegarmos ao topo, a solução era óbvia. Voltar a percorrer o single track. Contudo não foi isso que aconteceu. O Zé Carlos deu uma volta ao "bilhar grande" e ..."É por aqui!"... ..."Ainda há mais!"...
Mais um single track ladeado por muros, mas desta vez no sentido oposto ao anterior. E como é óbvio novo momento de frenesim. E mais sorrisos!
Com uma alegria contagiante, percorremos mais alguns trilhos que nos levaram até à estrada que segue em direcção ao Marco dos Pereiros.
Com as horas a passarem, resolvemos subir ao Marco dos Pereiros por alcatrão e depois descer para as Lajes por um trilho nosso conhecido. Atravessámos a Ponte Rainha Santa, fizemos uma passagem pelo Choupal onde encontrámos o Quim e o Aguiar (estamos à vossa espera para irmos aos single tracks a Arazede) e por fim seguimos em direcção a casa, recordando a belíssima manhã que passámos. 
A manhã que não prometia ter grande história, transformou-se numa manhã mágica de BTT.

Será esta a magia do BTT? Fica a pergunta, e aguardamos as vossas respostas. Porque vocês acabaram de ler a nossa resposta.

Boas pedaladas.

1 comments:

vitor borges disse...

Estimados amigos,sendo profundo conhecedor dessas paragens,só posso dizer duas coisas,isso é,sem dúvida nenhuma, o verdadeiro espírito do btt.Só tenho que corrigir uma das duas,a capela referida,não é do Senhor da Serra, mas sim do Santo Amaro,mas o Filipe Barreirinhas pagará uma fita cola em troca desta correcção.Abraços deste vosso amigo Vitor Borges,Roda Pedaleira.