domingo, 8 de abril de 2012

5ª Edição da Sexta-Feira Santa

Chegámos à "mão-cheia"!
Os anos passam, nos envelhecemos, e a mística da tradicional volta da 6ª feira Santa mantém-se.
Em 2012 regressámos a Arganil, após dois anos de pedal por outras zonas.
A volta deste ano foi programada com antecedência, e não à última da hora como nos anos anteriores. Após alguma pesquisa e algumas horas investidas em frente ao computador, criámos uma super rota para celebrarmos a "mão-cheia". Saída de Arganil, passagem por Tábua para almoçarmos, passagem por Oliveira do Hospital para o lanche e para terminar regresso a Arganil. Mas caso tivéssemos algum contratempo, criámos uma segunda alternativa. De Tábua regressar de imediato em direcção a Arganil, de forma a aligeirar a coisa.
Sentámo-nos nas bicicletas pelas 8h15 da manhã. Fizemos uma paragem no centro de Arganil para o segundo pequeno-almoço da manhã, e depois começámos a seguir a linha no GPS. Logo que entrámos na terra, percorremos cinco quilómetros aproximadamente, e chega a primeira paragem da manhã para reparar dois furos. O Bruno e o Filipe começaram a manhã em grande!
Continuámos caminho em direcção ao alto de Stª Eufémia num constante sobe e desce numa zona de pinhal  bem bonita. Passámos por Stª Eufémia e continuámos em direcção à Carapinheira da Serra. Mais à frente  percorremos uns trilhos ao lado do IC6, e após abandoná-los, começaram a aparecer os primeiros sinais de mudança de terreno. O xisto apareceu.
O sobe e desce é que não parava, bem como o ritmo vivo não abrandava.
Antes da bucha, os primeiros quilómetros de single track numa zona de xisto. O terminus do single track, ditou a hora da bucha. Como não sabíamos os trilhos que íamos percorrer a malta aviou-se em terra com umas sandes.
Terminada a bucha debaixo de um céu azul maravilhoso, regressámos à bicicleta para mais uma sessão de sobe e desce.
Os quilómetros foram passando e Tábua cada vez estava mais próximo.
A aproximação a Tábua, impôs uma nova mudança de terreno. O granito começou a aparecer. Numa fase inicial muito timidamente, até que apareceu o single track da greta, onde o granito era rei. Um brutal single track com passagens por cima de lajes de granito, com constantes curvas e contra curvas para apurarmos a técnica e ladeado em algumas zonas por umas "rochitas".
Esta parte do percurso era muito bonita, e aproveitámos para tirar algumas fotos, desfrutar ao máximo do binómio bicicleta single track, e da belíssima paisagem.
Tudo corria sobre rodas. Estávamos muito próximos de Tábua, e chegaríamos à hora prevista apesar de faltarem mais uns quilómetros. Mas...
Eis que chega um "mas"!
E, é este "mas" que vira as coisas ao contrário.
Numa zona de pinhal a descer com alguns paus, um dito cujo foi ao encontro do desviador da bicicleta do Mateus com tremenda violência. 
Após uma primeira análise ainda pensámos que poderíamos recuperar minimamente o desviador. Contudo após desmontarmos o famigerado, nem com o desfibrilhador o conseguimos recuperar. Solução: caixote do lixo.
Retirámos o que restava do desviador, cortámos a corrente e ficámos com uma bela single speed.
Resolvida a avaria, continuámos a andar num carrossel de single tracks até à entrada de Tábua. 
Chegámos a Tábua à hora de almoço e com o corpo a pedir sustento, e fomos ao encontro de um sitio para almoçarmos.
Rapidamente encontrámos poiso. Almoçámos numa churrasqueira uma grelhada mista, acompanhada por sumo de cevada, e sumo de uva.
Repostas as energias, era hora de regressar à bicicleta.
Visto que tínhamos o Mateus limitado com a sua bicicleta, optámos por seguir a segunda opção no GPS.  Tábua em direcção a Arganil.
Voltámos a percorrer o single track à entrada, neste caso à saída de Tábua. 
Continuámos a percorrer uma zona com single tracks que nos levou até um trilho ao lado do IC6.
As dificuldades do Mateus eram notórias e requeriam um novo calculo de rota. Ao cruzarmos a N17 na zona da Candosa, agrupámos a malta e resolvemos abandonar o percurso que estava estipulado. Seguiríamos até Arganil pela N17.
Pelo meio ainda fizemos uma paragem em Pinheiro de Coja para reparar um furo e continuámos a descer até Coja.
Em Coja, fizemos uma paragem para bebermos um sumo de cevada, no bar "Taverna".
De Coja, seguimos para Arganil calmamente ouvindo o Bruno que consegue falar mais sozinho, do que a restante malta toda junta. 
..."Se não me deixam falar, canto"... dizia ele!
Para a semana levo fita isoladora para lhe tapar a boca!
E assim terminámos a nossa 5ª edição da Sexta-Feira Santa.
Para recordar ficam os belos momentos que passámos em cima da bicicleta numa zona do país fantástica para a pratica de BTT. 
O Mateus também fica com recordações, e com a carteira mais vazia! Mas são os ossos do oficio amigo.
Que venha a 6ª edição!
Boas pedaladas.

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