segunda-feira, 27 de abril de 2009

Geo-Raid um evento épico 1º Dia

Os dias 25 e 26 de Abril de 2009 vão ficar-me na memória e existirão constantes reminiscências destes dois dias de BTT épicos.

O evento GeoRaid é organizado com o máximo profissionalismo. Tudo começa desde o momento que efectuamos a nossa inscrição através de um simples e-mail/web link até ao momento em que a organização encerra evento. Neste período que é aproximadamente de um mês e meio os participantes recebem informação muito variada: desde locais onde poderemos pernoitar, pontos de interessse da cidade onde se raliza o GeoRaid, os tracks GPS fulcrais para o desenrolar do evento, até as previsões meteorológicas para o fim-de-semana em que se realiza o evento, entre outra informação.

Antes de iniciar o relato deste dois dias, deixo um conselho para quem pensa participar num futuro GeoRaid e nunca participou em nenhum GeoRaid, treinem muito as pernas, treinem a vossa cabeça e não se esqueçam de treinar também a navegação com GPS.

1º Dia:

Para o primeiro dia tínhamos reservados 110 quilómetros e mais de 4000 metros de desnível acumulado.

A hora da nossa partida estava marcada para as 8:26 e para não fugir à regra chegámos mesmo a queimar a hora.
Como primeira grande dificuldade do dia tínhamos a subida ao S. Macário da qual eu tanto já tinha ouvido falar e encarei com muito respeito. No entanto, não considerei uma subida exigente como me tinham pintado o quadro. Após o S. Macário pedalámos no topo da serra na companhia da eólicas num constante sobe e desce até atacarmos um novo ponto, o Portal do Inferno. A partir daqui até Regoufe foi sempre a descer. Após Regoufe voltámos a subir e voltámos a atacar uma nova subida para Mato Belide que no meu entender nos proporcinou o momento mais bonito do primeiro dia do GeoRaid. Um momento único, a fenomenal descida para Drave, super técnica e num constante saltitar de laje para laje de xisto. Grande parte da descida é feita a vermos a aldeia no fundo do vale, é uma imagem que tenho na retina e não consigo explicar a beleza do local. É lindo!

Em Drave aproveitámos para comer qualquer coisa antes de atacarmos a subida à serra da Fadeira, esta sim interessante, técnica e com uma inclinação boa. De seguida voltávamos a descer e como é óbvio voltávamos a subir até ao ponto mais alto da serra da Arada. Todo este percurso foi muito bonito sempre no coração da serra e na companhia única e singular da Natureza. Tivemos uma descida longa com passagem por uma aldeia onde aproveitámos para efectuar uma paragem e comer uma sandes num cafézinho.

Como seria de esperar voltámos ao ritmo do dia, ou seja subir e subir muito passando pelo geodésico do Cando, pelo Junqueiro e uma descida longa até Manhouce, onde atacámos a última grande subida do dia e já levávamos mais de 80 quilómetros nas pernas e perto de 3000 metros de desnível acumulado. Foi uma longa subida até à Fontanheira onde iniciámos a descida para S. Pedro do Sul não sem antes pararmos num café para resolver um problema de pilhas para um dos GPS aproveitando para comer qualquer coisa. A descida até S. Pedro do Sul foi boa, no entanto ainda havia pelo meio umas subidas para completar os 4000 metros de desnível.

Chegámos à zona de meta já muito perto das 20h e infelizmente fora da hora limite de chegada, 10 minutos de atraso, por ou outro motivo que não estavam previstos. Tínhamos passados os 5 controles espalhados pelo percurso sempre dentro do tempo previsto, fica para a próxima.

Para recordar fica um dia fantástico e muito duro de BTT, de grande entreajuda entre quatro amigos (Nuno, Paulo, Trigo, Filipe) para vencer esta enorme aventura.

Para recordar ficam:
  • 109,96km;

  • 9:16:54 em cima da bicicleta;

  • 4000 metros de desnível acumulado.

Boas pedaladas.

1 comments:

jccradventures disse...

isso é que foi dureza.
não é por nada mas julgo que hà aì um engano. não será "Drave" em vez de "Grave". não é grave mas fica um reparo para o escriba.

VALENTES!!!