Este fim-de-semana tivemos dose dupla de BTT. No Sábado estivemos em Almofarela, uma aldeia no concelho de Baião a convite do Barbosa, um amigo do Paulo e nosso conhecido. No Domingo demos uma voltita pelos single tracks de Cantanhede.
Mas vamos lá ao relato de cada um dos dias.
Sábado:
A convite do Barbosa, um amigo do Paulo, e nosso conhecido do passeio dos ferroviários, demos uma bela volta pela serra da Aboboreira no concelho de Baião.
A concentração do pessoal, foi na estação de comboios de Marco de Canaveses e depois do pequeno-almoço rumámos à aldeia de Almofarela, em Baião.
Logo que saímos do carro sentimos um vento gélido na cara, mas rapidamente "atirámos" o frio para trás das costas, e pusemos as pernas ao léu.
O Barbosa fez um pequeno breafing, e ficamos a saber que existiam dois percursos. Um mais longo guiado por um tipo com um GPS, e um mais curto guiado pelo Barbosa.
Como podem adivinhar aqui a malta foi para o mais longo, pensando que a coisa ia correr bem.
Mas a surpresa da manhã estava quase a rebentar. O guia iria ser o Nuno (Maçã)! O Zé Carlos começou logo a dizer que ia dar asneira, e todos se riram. Mas...
E lá saímos da aldeia para começar a aquecer o corpo. Demos inicio à nossa manhã de BTT logo com uma subida para aquecer, e que bem que soube para ajudar à circulação. No fim da subida fizemos uma pequena paragem numa capela no meio da serra para uma curta sessão fotográfica.
Continuámos caminho e fizemos um longa descida a todo o gás até uma aldeia num dos vales da serra.
Resultado da primeira descida, e dos muitos saltos que demos, o Trigo rebentou com a suspensão. Foto abaixo.
Depois deste pequeno percalço e quando percorríamos um single track inventado à pressão, encontramos o Barbosa.
- Estais a fazer o percurso ao contrário!
É agora que aparece o mas do Zé Carlos. Mas... "Eu bem disse que ia dar asneira! Vocês acharam piada!"
E deu mesmo asneira. Começámos a volta percorrendo os trilhos de regresso à aldeia, e com isto tudo tínhamos perdido um single track cheio de pedra. Ora aqui estava um grave problema, tinha ficado um single track para trás.
Solução? Voltar a fazer a descida onde o Trigo tinha rebentado com a suspensão, mas desta vez como é óbvio, subimos.
E como subimos o Trigo não rebentou com nada, contudo deu umas grandes cacetadas pelo single track abaixo.
Percorrido o single track pedalámos a meia encosta até à aldeia, onde nos esperavam umas bifanas quentinhas para retemperar forças para a segunda parte do percurso.
Já com todo o grupo recomposto, lá se voltou a fazer a divisão para o percurso mais longo e para a versão mais curta. A segunda parte do percurso mais longo, tinha alguns quilómetros comuns a uma rota de um caminho pedestre.
Começámos a ver a malta toda a dirigir-se para o grupo da versão mais curta. E ninguém se juntava aqui à malta. Nem no norte do país têm paciência para nos aturar. No entanto, não nos fizemos de rogados e depois de tantos quilómetros de carro, havia que aproveitar ao máximo aqueles trilhos, e lá fomos à nossa vida.
Fizemos uns dois quilómetros a meia encosta e encontrámos uma longa descida onde voltámos a largar o travão. Quando chegamos à povoação, o homem o GPS olha para o dito cujo e solta a seguinte frase:
- Olha não estamos a seguir o trilho!
- Mais um engano! Depois querem companhia para pedalar! (ouve-se alguém a dizer, misturado com impropérios).
Tivemos que voltar atrás para encontrarmos o trilho, ou seja, a rota do caminho pedestre. E que rota! Uma bela secção em single track, com muito granito à mistura. Uma verdadeira maravilha. Até às imediações da estação de comboios de Marco de Canaveses foi sempre a todo gás e em single track.
Mas como tudo o que desce tem que subir, aguardava-nos uma longa subida até à aldeia de Almofarela.
Na longa subida tivemos de tudo, belos single tracks com muito granito, subidas técnicas com granito, zonas de calçada com granito, e muita mas mesmo muita galhofa.
Chegámos à aldeia ao inicio da tarde, com uns números muito interessantes nas pernas. Menos de 50 quilómetros percorridos e uns míseros 1850 metros de desnível positivo acumulado.
Para retemperar forças, todos os participantes tiveram direito a um super almoço, na Tasquinha do Fumo Presunto, alheira e vinho de entrada e depois carneiro no forno com uns grelinhos. Para finalizar um café feito na "chicolateira". Uma maravilha.
Parabéns e obrigado Barbosa pelo belo dia que nos proporcionaste, ficamos a aguardar a tua visita.
E foi deste modo que terminou o nosso belo dia de bicicleta.
Já me esquecia, o Trigo não rebentou nem partiu mais nada! Eh! Eh! Eh!
Falta Domingo, ora aqui vai:
No Domingo, para não fugir à regra fomos pedalar.
Esperávamos que não estivesse tanto frio como no dia anterior, mas estávamos completamente enganados.
Levantou-se um vento frio que nos acompanhou a manhã toda pelos single tracks de Cantanhede, mas não nos demoveu de mais uma manhã de bicicleta
Percorremos essencialmente trilhos nossos conhecidos entre Ançã e Cantanhede, com a já mui nobre paragem para a bucha pelas 10 horas da manhã, instituída pelo não menos mui nobre D. Manuel de Green Ville.
Como podem constatar foi um fim-de-semana repleto de divertimento e muito prazer.
Até para a semana, e boas pedaladas.